segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MENSAGEM SECRETA ENVOLVENDO MATEMÁTICA

Exercícios de Matemática

Exercícios
1)      Escreva cada porcentagem na forma fracionária e na forma decimal:
a) 5%                              b) 17%                                          c) 248%                                d) 3,9%



2)      Em um tanque aberto, havia 6240 l de água. Por causa da evaporação, restaram 5928 l de água. Qual é a porcentagem de água evaporada em relação ao que havia?

3)      Uma indústria empregava 720 funcionários. Nesse ano, o número de funcionários aumentou em 35%. Quantos funcionários há agora?

4)      Os 7200 hectares de uma fazenda são utilizados do seguinte  modo:

v  35% para cultivo de arroz
v  20% para pastagens
v  8% para o cultivo de milho
v  25% para o cultivo de árvores frutíferas

a)      Qual é a área, em hectares, ocupada pela rizicultura (cultura de arroz)?
b)      Qual é a área, em hectares, de pastagens?
c)      Quantos hectares da fazenda ainda podem ser destinados a outras finalidades?

5)      Uma caixa contém 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Uma bolinha é sorteada. Qual é a probabilidade de a bolinha sorteada ser um número múltiplo de 6?

6)      No lançamento de um dado comum, qual é a probabilidade de se obter:
a)      Um número múltiplo de 2?
b)      Um número primo?
c)      Um número maior que 6?

ATIVIDADE

ATIVIDADE
Leia as questões 1 a 4, faça os cálculos no rascunho e marque apenas uma alternativa correta.
1) Um gato come 5 ratos por dia. Quantos ratos 5 gatos comem em 5 dias?
a)15
b) 25
c)125
d) 625
2) O resultado da expressão {[16 – (4 : 4)] : 3}². 2³ é:
a) 8
b) 16
c) 150
d) 200
3) O dobro de 8 e o quadrado de 8 são respectivamente:
a) 16 e 16
b) 16 e 64
c) 64 e 16
d) 64 e 64
4) os resultados de 15², 17² e 30³ são respectivamente:
a) 225, 289 e 900
b) 225, 189 e 900
c) 225, 289 e 2700
d) 225, 289 e 27000

5) Descubra o numero que:


a) Elevado ao quadrado dá 25   ___________
b) Elevado ao quadrado dá 49   ___________

c) Elevado ao quadrado dá 100 ___________
d) Elevado ao quadrado dá 121 ___________
e)Elevado ao cubo dá 64 ______________

sábado, 29 de janeiro de 2011

GRANDES MATEMÁTICOS

Platão foi um filósofo grego (427 a.C.?-347 a.C.?), um dos mais importantes de todos os tempos. Platão era um entusiasta da Matemática. Os grandes matemáticos do seu tempo, ou foram seus alunos, ou seus amigos. Nesse sentido, não se poderá deixar de referir que, à entrada da Academia, segundo fontes posteriores, se lia à máxima: “Que não entre quem não saiba geometria”. Para Platão a Matemática é, antes de mais, a chave da compreensão do universo.




Ptolomeu Cláudio Ptolomeu é um cientista de origem grega. Ptolomeu também desenvolveu trabalhos matemáticos e foi um notável geômetra.

Brook Taylor Adicionou a matemática um novo ramo agora chamado o "cálculo das diferenças finitas".


François Viète nasceu no ano de 1540 em Fontenay-le-Comte, na França, e morreu no dia 13 de dezembro de 1603 em Paris. Apaixonado por álgebra, esse matemático francês foi responsável pela introdução da primeira notação algébrica sistematizada, além de contribuir para a teoria das equações. Ficou conhecido como o Pai da Álgebra. Apesar de ser mais conhecido como matemático, foi também um dos melhores especialistas em cifras de todos os tempos.

Tales de Mileto nasceu em torno de 624 a.C. em Mileto, Ásia Menor (agora Turquia), e morreu em torno de 547 a.C. também em Mileto. É descrito em algumas lendas como homem de negócios, mercador de sal, defensor do celibato ou estadista da visão, mas a verdade é que pouco se sabe sobre sua vida. As obras de Tales não conseguiram sobreviver até nossos dias, mas com base em tradições pode-se reconstruir algumas idéias.

Blaise Pascal foi um Filósofo e Matemático. O pai de Pascal, que tinha uma concepção educacional pouco ortodoxa, decidiu que seria ele próprio a ensinar os filhos e que Pascal não estudaria Matemática antes dos 15 anos, pelo que mandou remover de casa todos os livros e textos matemáticos. Contudo, movido pela curiosidade, Pascal começou a trabalhar em Geometria a partir dos 12 anos, chegando mesmo a descobrir, por si, que a soma dos ângulos de um triângulo é igual a dois ângulos retos.

Pitágoras "Prestem atenção: num triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Ou seja: a2=b2+c2. Grego , matemático e astrônomo, mas Pitágoras foi mais que isso: conhecia também música, moral, filosofia, geografia e medicina.




GRANDES MATEMÁTICOS

Apolônio de Perga, matemático grego, chamado "O Grande Geômetra". Viveu durante os últimos anos do século III até princípios do século II a.C. Autor do famoso Tratado das Secções Cônicas que é considerado como uma das principais obras científicas da Antigüidade, dando-lhe assim, o direito de ser a mais eminente figura da ciência grega no campo da geometria pura.



ARQUIMEDES Matemático e inventor grego


NICOLAU COPÉRNICO Matemático e astrônomo polonês, autor da Teoria Heliocêntrica, segundo a qual o sol é o verdadeiro centro do sol é o verdadeiro centro do sistema solar, devendo-se a sucessão de dias e noites, ao movimento da rotação da Terra sobre seu próprio eixo.


Leonhard Euler, nasceu em 15 de abril de 1707, e morreu em 18 de setembro de 1783. Foi o matemático mais prolífico na história. Em matemática pura, ele integrou o cálculo diferencial de Leibniz e o método de Newton em análise matemática; refinou a noção de uma FUNÇÃO; criou muitas notações matemáticas comuns, incluindo o e, i, o símbolo do pi e o símbolo do sigma; e pôs a fundação para a teoria de funções especiais, introduzindo as FUNÇÕES TRANSCEDENTAIS beta e gamma.



Girolamo CARDANO: Cardano foi um físico e matemático italiano, que dedicou-se a Matemática, Física, Astronomia, Filosofia, Medicina e Astrologia.

René descartes Filósofo e matemático francês (31/3/1596-1/2/1650).

EUCLIDES Matemático grego (séculos IV a.C.-III a.C.). Fundador da geometria. Sua principal obra, Elementos, de 13 volumes, é considerada essencial para o estudo da geometria. Euclides formula os axiomas e postulados que estabelecem os princípios básicos da geometria.



Pierre de Fermat nasceu no dia 17 de agosto de 1601 em Beaumont-de-Lomages, França, e morreu no dia 12 de janeiro de 1665 em Castres, França. Foi advogado e oficial do governo em Toulouse pela maior parte de sua vida. A matemática era o seu passatempo. Em 1636 Fermat propôs um sistema de geometria analítica semelhante àquele que Descartes proporia um ano depois.



ISAAC NEWTON Matemático e físico inglês (4/1/1642-31/3/1727), um dos cientistas mais importantes de todos os tempos. Fundador da física moderna, pelas descobertas sobre as leis do movimento e a Teoria da Gravidade.


AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA

AVALIAÇÃO DE MATEMÁTICA

1. Qual é a alternativa que representa a fração 9/2 em números decimais?
 
a) 3,333
b) 4,25
c) 5,01
d) 4,5



2. Qual é a alternativa que representa a fração 35/1000 em números decimais?
  
a) 0,35
b) 3,5
c) 0,035
d) 35



3. Qual é a alternativa que representa o número 0,65 na forma de fração?

a)    65/10
b)    65/100
c)    65/1000
d)    65/10000



5. Qual é a alternativa que representa a soma dos números decimais 0,65 e 0,15?

a) 0,70
b) 0,77
c) 0,67
d)1,00
e) 0,80



6.Qual é a alternativa que representa a soma 4,013+10,182?



a) 14,313
b) 13,920
c) 14,195
d) 14,083



7. Qual é a alternativa que é igual à subtração do número decimal 242,12 do número decimal 724,96?



a) 48,284
b) 586,28
c) 241,59
d) 482,84



     8. Qual é a alternativa que representa a subtração 3,02-0,65?



a) 2,37
b) 3,37
c) 1,32
d) 23,7



9. Qual é a alternativa que representa a soma 4,013+10,182?



a) 14,313
b) 13,920
c) 14,213
d) 14,083



10. Qual é a alternativa que é igual à subtração do número decimal 242,12 do número decimal 724,96?



 a) 48,284
b) 586,28
c) 241,59
d) 482,84



11. O número decimal 0,03 pode ser escrito por extenso como:



 a) três décimos
b) três centésimos
c) três milésimos



 12. Associar o número 15,435 à alternativa que o representa:

   a) Quinze inteiros e quatrocentos e trinta e cinco centésimos
   b) Cento e cinqüenta e quatro e trinta e cinco centésimos
   c) Quinze inteiros e quatrocentos e trinta e cinco milésimos

13. Usando uma folha de papel ou um caderno, realizar as operações indicadas abaixo e confirmar as respostas indicadas. Escreva verdadeiro ou falso.

a) 3,9 × 8,2 = 31,98
b.) 2,315 × 6 = 13,89
c. 26,45 : 5 = 5,29
d. 58,24 : 2 = 29,12
e. 4/5 × 3 × 7 = 12/35
f. 6/7 × 5/3 = 10/7
g. 2/5 : 8/7 = 7/20
h. 7/9 : 3/16 = 112/27

14. Qual alternativa representa a dízima periódica 0,555... ?



a) 5/3
b) 5/2
c) 5/4
d) 5/9



15. Calculamos 30% de 100, obtemos:



a) 10
b.)20
c)30
d) 40



16. Quando calculamos 3% de 120, obtemos:



a) 36
b) 3,6
c) 0,36
d) 360



17. Qual é a alternativa que corresponde a 55% de R$500,00?



a) R$250,00
b) R$275,00
c) R$300,00
d) R$265,00



17. Qual é a dízima periódica representada pela fração 10/3?



a) 0,333...
b). 1,111...
c) 3,0303...
d) 3,333...





Seja na luta ensombrada seja na paz cristalina, em todo passo da estrada, oração é luz divina.
Silêncio é caminho de ouro, mas se a maldade está pronta enquanto a boca se cala, a mentira toma conta. (ARLEI)

BOA SORTE!

SÃO FÉLIX DO CORIBE

SÃO FÉLIX DO CORIBE

São Félix do Coribe
Seu povo te agradece
Não se esquecendo de Deus
Pra ele sempre faz uma prece.

Esta Terra tem um Rio
Onde corta duas cidades
Para nós é alegria,
É pura felicidade.

O seu rio é Rio Corrente
Que encanta e embeleza
Hoje é cartão postal
Pela sua singeleza.

Para engrandecer o seu rio
Foi construída uma passarela
Por ela o povo desfila
Para ser ainda mais bela.

Quais são os profissionais mais importantes da sociedade?


Quais são os profissionais mais importantes da sociedade?

Num tempo não muito distante do nosso, a humanidade ficou tão caótico que os homens fizeram um grande concurso. Eles queriam saber qual a profissão mais importante da sociedade. Os organizadores do evento construíram uma grande torre dentro de um enorme estádio com degraus de ouro, cravejados de pedras preciosas. A torre era belíssima. Chamaram a imprensa mundial, a TV, os jornais, as revistas e as rádios para realizarem a cobertura.
O mundo estava plugado no evento. No estádio, pessoas de todas as classes se espremiam para ver a disputa de perto. As regas eram as seguintes; cada profissão era representada por um ilustre orador. O orador deveria subir rapidamente num degrau da torre e fazer um discurso eloqüente e convincente sobre os motivos pelos quais sua profissão era a mais importante da sociedade moderna. O orador tinha de permanecer na torre até o final da disputa. A votação era mundial e pela Internet.
Nações e grandes empresas patrocinavam a disputa. A categoria vencedora receberia prestígio social, uma grande soma em dinheiro e subsídios do governo. Estabelecidas às regras, a disputa começou. O mediador do concurso bradou; “o espaço está aberto!”.
Sabem quem subiu primeiros na torre? Os educadores? Não! O representante da minha classe, a dos psiquiatras.
Ele subiu na torre e a plenos pulmões proclamou; as sociedades modernas se tornarão um fábrica de estresses. A depressão e a ansiedades são as doenças do século. As pessoas perderam o encanto pela existência. Muitas desistem de viver. “A indústria dos antidepressivos e dos tranqüilizantes se tornou a mais importante do mundo.” Em seguida, o orador fez uma pausa. O público, pasmo, ouvia atentamente seus argumentos contundentes.
O representante dos psiquiatras concluiu; “O normal é ter conflitos, e o anormal é ser saudável. O que seria da humanidade sem os psiquiatras? Um albergue de seres humanos sem qualidade de vida! Por vivermos numa sociedade doentia, declaro que somos, juntamente com os psicólogos clínicos, os profissionais mais importantes da sociedade!”
No estádio reinou um silêncio. Muitos na platéia olharam para si mesmo e perceberam que não eram alegres, estavam estressados, dormiam mal, acordavam cansados, tinham uma mente agitada, dores de cabeça. Milhões de espectadores ficaram com a voz embargada. Os psiquiatras pareciam imbatíveis. Em seguida, o mediador bradou: “O espaço está aberto!” Sabem quem subiu depois? Os professores? Não! O representante dos magistrados - os juízes de direito.
Ele subiu num degrau mais alto e num gesto de ousadia desferiu palavras que abalaram os ouvintes: “Observem os índices de violência! Eles não param de aumentar. Os seqüestros, assaltos e a violência no trânsito enchem as páginas dos jornais. A agressividade nas escolas, os maus-tratos infantis, a discriminação racial e social fazem parte da nossa rotina. Os homens amam seus direitos e desprezam seus deveres.”
Os ouvintes menearam a cabeça, concordando com os argumentos. Em seguida, o representante dos magistrados foi mais contundente; “o tráfico de drogas movimenta tanto o dinheiro como o petróleo. Não há como extirpar o crime organizado. Se vocês querem segurança, aprisionem-se dentro de suas casas, pois a liberdade pertence aos criminosos. Sem os juízes e os promotores, a sociedade se esfacela. Por isso, declaro, com o apoio dos promotores e do aparelho policial, que representamos à classe mais importante da sociedade.”
Todos engoliram em seco essas palavras. Elas perturbavam os ouvidos e queimavam na alma. Mas pareciam incontestáveis. Outro momento de silêncio, agora mais prolongado. Em seguida, o mediador, já suando frio, disse: “O espaço está novamente aberto!”
Um outro representante mais intrépido subiu num degrau mais alto da torre. Sabem quem foi desta vez? Os educadores? Não!
 Foi o representante das forças armadas. Com uma voz vibrante e sem delongas, ele discursou: “Os homens desprezam o valor da vida. Eles se matam por muito pouco.
O terrorismo elimina milhares de pessoas. A guerra comercial mata milhões de fome. A espécie humana se esfacelou em dezenas de tribos. As nações só se respeitam pela economia e pelas armas que possuem. Quem quiser a paz tem de se preparar para a guerra. Os poderes econômico e bélico, e não o diálogo são os fatores de equilíbrio num mundo espúrio”.  Suas palavras chocaram os ouvintes, mas eram inquestionáveis.
Em seguida, ele concluiu: “Sem as forças armadas, não haveria segurança. O sono seria um pesadelo. Por isso, declaro, quer se aceite ou não, que os homens das forças armadas não são apenas a classe profissional mais importante, mas também a mais poderosa”. A alma dos ouvintes gelou. Todos ficaram atônitos.
Os argumentos dos três oradores eram fortíssimos. A sociedade tinha se tornado um caos. As pessoas do mundo todo, perplexas, não sabiam qual atitude tomar: se aclamavam um orador, ou se choravam pela crise da espécie humana, que não honrou sua capacidade de pensar.
Ninguém mais ousou subir na torre. Em quem votaria? Quando todos pensavam que a disputa havia se encerrado, ouviu-se uma conversa no sopé da torre. De quem se tratava? Desta vez eram os professores. Havia um grupo deles da pré-escola, do ensino fundamental, do médio e do universitário. Eles estavam encostados na torre dialogando com um grupo de pais. Ninguém sabia o que estavam fazendo. A TV os focalizou e projetou num telão.
O mediador gritou para um deles subir na torre. Eles se recusaram. O mediador os provocou: “Sempre há covardes numa disputa”. Houve risos no estádio. Fizeram chacota dos professores e dos pais.
Quando todos pensavam que eles eram frágeis, os professores, com o incentivo dos pais, começaram a debater as idéias, permanecendo no mesmo lugar. Todos se faziam representar. Um dos professores, olhando para o alto, disse para o representante dos psiquiatras: ‘’Nós não queremos ser mais importantes do que vocês. Apenas queremos ter condições para educar a emoção dos nossos alunos, formar jovens livres e felizes, para que eles não adoeçam e sejam tratados por vocês’’.
O representante das psiquiatras recebeu um golpe na alma. Em seguida, um outro professor que estava no lado direito da torre olhou para o representante dos magistrados e disse: ‘’Jamais tivemos a pretensão de ser mais importantes do que os juízes. Desejamos apenas ter condições para lapidar a inteligência dos nossos jovens, fazendo-os amar a arte de pensar e aprender a grandeza dos direitos e dos deveres humanos. Assim, esperamos que jamais se sentem num banco dos réus’’. O representante dos magistrados tremeu na torre.
Uma professora do lado esquerda da torre, aparentemente tímida, encarou o representante das forças armadas e falou poeticamente: ‘’Os professores do mundo todo nunca desejaram ser mais poderosos nem mais importantes do que os membros da forças armadas. Desejamos apenas ser importantes no coração das nossas crianças. Almejamos levá-las a compreender que cada ser humano não é mais um número na multidão, mas um ser insubstituível, um ator único no teatro da existência’’.
A professora fez uma pausa e completou: assim, eles se apaixonarão pela vida, e, quando estiverem no controle da sociedade, jamais farão guerras, sejam físicas que retiram o sangue, sejam as comerciais que retiram o pão. Pois cremos que os fracos usam a força, mas os fortes usam o diálogo para resolver seus conflitos. Cremos ainda que a vida é obra-prima de Deus, um espetáculo que jamais deve ser interrompido pela violência humana.
Os pais deliraram de alegria com essas palavras. Mas o representante do judiciário quase caiu da torre.
Não se ouvia zumbido da platéia. O mundo ficou perplexo. As pessoas não imaginavam que os simples professores que viviam no pequeno mundo das salas de aula fossem tão sábios. O discurso dos professores abalou os lideres do evento.
Vendo ameaçado o êxito da disputa, o mediador do evento disse arrogantemente: ‘’Sonhadores! Vocês vivem fora da realidade!’’ Um professor destemido bradou com sensibilidade: ‘’Se deixarmos de sonhar, morreremos!
Sentindo-se questionado, o organizador do evento pegou o microfone e foi mais longe na intenção de ferir os professores: ‘’Quem se importa com os professores na atualidade? Comparem-se com outras profissões. Vocês não participam das mais importantes reuniões políticas. A imprensa raramente os noticia. A sociedade pouco se importa com a escola. Olhem para o salário que vocês recebem no final do mês!’’ Uma professora fitou-o e disse-lhe com segurança: ‘’Não trabalhamos apenas pelo salário, mas pelo amor dos seus filhos e de todos os jovens do mundo’’.
Irado, o líder do evento gritou: ‘’Sua profissão será extinta nas sociedades modernas. Os computadores os estão substituindo! Vocês são indignos de estar nesta disputa’’.
A platéia, manipulada, mudou de lado. Condenaram os professores. Exaltaram a educação virtual. Gritaram em coro: “Computadores! Computadores! Fim dos professores! O estádio entrou em delírio repetindo esta frase. Sepultaram os mestres. Os professores nunca haviam sido tão humilhados. Golpeados por essas palavras, resolveram abandonar a torre. Sabem o que aconteceu?
A torre desabou. Ninguém imaginava, mas eram os professores e os pais que estavam segurando a torre. A cena foi chocante. Os oradores foram hospitalizados. Os professores tomaram então outra atitude inimaginável: abandonaram, pela primeira vez, as salas de aula.
Tentaram substituí-los por computadores, dando uma máquina para cada aluno. Usaram as melhores técnicas de multimídia. Sabem o que ocorreu?

A sociedade desabou. As injustiças e as misérias da alma aumentaram mais ainda. A dor e as lágrimas se expandiram. O cárcere da depressão, do medo e da ansiedade atingiu grande parte da população. A violência e os crimes se multiplicaram. A convivência humana, que já estava difícil, ficou intolerável. A espécie humana gemeu de dor. Corria o risco de não sobreviver...
Estarrecidos, todos entenderam que os computadores não conseguiam ensinar a sabedoria, a solidariedade e o amor pela vida. O público nunca pensara que os professores fossem os alicerces das profissões e o sustentáculo do que é mais lúcido e inteligente entre nós. Descobriu-se que o pouco de luz que entrava na sociedade vinha do coração dos professores e dos pais que arduamente educavam seus filhos.
Todos entenderam que a sociedade vivia uma longa e nebulosa noite. A ciência, a política e o dinheiro não conseguiam superá-la. Perceberam que a esperança de um belo amanhecer repousa sobre cada pai, cada mãe e cada professor, e não sobre os psiquiatras, o judiciário, os militares, a imprensa...
Não importa se os pais moram num palácio ou numa favela, e se os professores dão aulas numa escola suntuosa ou pobre-ele são a esperança do mundo.
Diante disso, os políticos, os representantes das classes profissionais e os empresários fizeram uma reunião com os professores em cada cidade de cada nação. Reconheceram que tinham cometido um crime contra a educação. Pediram desculpas e rogaram para que eles não abandonassem seus filhos.    
Em seguida, fizeram uma grande promessa. Afirmaram que a metade do orçamento que gastavam com armas, com o aparato policial e com a indústria dos tranqüilizantes e dos antidepressivos seria investida na educação. Prometeram resgatar a dignidade dos professores, e dar condições para que cada criança da terra fosse nutrida com alimentos no seu corpo e com o conhecimento na sua alma. Nenhuma delas ficaria mais sem escola.
Os professores choraram. Ficaram comovidos com tal promessa. Há séculos eles esperavam que a sociedade acordasse para o drama da educação. Infelizmente, a sociedade só acordou quando as misérias sociais atingiram patamares insuportáveis.
Mas, como sempre trabalharam como heróis anônimos e sempre foram apaixonados por cada criança. Cada adolescente e cada jovem, os professores resolveram voltar para a sala de aula e ensinar cada aluno a navegar nas águas da emoção. Pela primeira vez, a sociedade colocou a educação no centro das suas atenções. A luz começou a brilhar depois da longa tempestade... No final de dez anosos resultados apareceram, e depois de vinte anos todos ficaram boquiabertos.
Os jovens não desistiam mais da vida. Não havia mais suicídios. O uso de drogas dissipou-se. Quase não se ouvia falar mais de transtornos psíquicos e de violência. E a discriminação? O que é isso? Ninguém se lembrava mais do seu significado. Os brancos abraçavam afetivamente os negros. As crianças judias dormiam na casa das crianças palestinas. O medo se dissolveu, o terrorismo desapareceu, o amor triunfou.
Os presídios se tornaram museus. Os policiais se tornaram poetas. Os consultórios de psiquiatria de esvaziaram. Os psiquiatras se tornaram escritores. Os juízes se tornaram músicos. Os promotores se tornaram filósofos. E os generais? Descobriram o perfume das flores, aprenderam a sujar suas mãos para cultivá-las.
E os jornais e as TVs do mundo? O que noticiavam o que vendiam? Deixaram de vender mazelas e lágrimas humanas. Vendiam sonhos, anunciavam a esperança...
 Quando esta história se tornará realidade? Se todos sonharmos este sonho, um dia ele deixará de ser apenas um sonho.
AUGUSTO CURI – Pais brilhantes, professores fascinantes
Digitação Adeildes