terça-feira, 18 de janeiro de 2011

RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 2ª PARTE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


     A educação infantil vem se destacando na educação brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases de Educação 93/94 de 1996 reconhece a importância dessa fase como a primeira etapa da educação básica, sendo o Art. 4º inciso IV diz que é dever do Estado garantir atendimento gratuito em creches e pré-escolas a crianças de 0 a 6 anos de idade. As instituições que oferecem educação infantil devem garantir os cuidados e não apenas o direito de brincar, mas desenvolver as capacidades e fornecer conhecimentos essenciais à vida da criança. A escola não deve infantilizar a criança como se ela não tivesse conhecimento, a criança é um ser humano completo.
Para Piaget (apud LOPES, 1996), a criança não é um adulto em miniatura cada uma tem sua própria forma de pensar e aprender, e, sua evolução se dá por estágios até a sua maturidade intelectual.
 A concepção de educação infantil deve levar a criança a despertar sua curiosidade respeitando seus estágios de evolução e de raciocínio estimulando sua afetividade, que é a motivação para o conhecimento tornando-o ativo e interessado a relacionar-se ética e moralmente na sociedade.
Para Cavalcanti (2005, p. 52) a sociedade atual estimula as crianças e os adolescentes a terem atitudes individualistas, pensando cada um em si, sem responsabilidades com os seus semelhantes, e, para que isso se transforme o professor deve criar um ambiente tranqüilo e acolhedor, dando ênfase ao trabalho e propor atividades que desenvolvam a afetividade, por que ela é fundamental na formação de pessoas felizes, éticas, seguras e capazes de conviver de forma harmoniosa no meio o qual está inserido.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, lançado em 1998 pelo Ministério da Educação, propõe objetivos e conteúdos significativos para as crianças de 0 a 6 anos que freqüentam creches, pré-escolas e demais instituições, oferecendo orientações didáticas que possibilitam orientar os educadores, permitindo uma melhora em sua prática pedagógica. 


A utilização do RCN/ Infantil pelos profissionais da educação infantil só poderá contribuir para o desenvolvimento afetivo, moral e intelectual das crianças se inserido em um projeto educativo da instituição na qual haja constante interação entre adultos e crianças, cujos vínculos afetivos sejam estáveis e estejam baseadas em relações de confiança mútua. (INOVE et al., apud REVISTA CRIANÇA, 1998, p. 3).


Os RCN norteiam os trabalhos dos professores e instituições, pois eles possibilitam a discussão de temas da educação infantil. Para que os objetivos propostos sejam alcançados é preciso que haja projetos que desenvolvam de forma eficiente as capacidades e potencialidades das crianças, os educadores precisam levar as crianças a se conhecerem melhor, valorizando sua auto-estima, conhecendo seu corpo, seus limites para que aprendam a se relacionar com os outros se integrando no meio social.
Segundo a Lei Nº. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.


Art. 29 - A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30 – A educação infantil será oferecida em:
I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade.
II – pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.

 
    A criança em sua etapa de desenvolvimento possui particularidades, sendo que enquanto ser social e histórico depende do adulto para a sua sobrevivência.  Como a Lei garante a educação às crianças de 0 a 3 anos de idade em creches e de 4 a 5 anos de idade em pré-escolas cabe a família inseri-la no meio escolar e social para que possa dar-lhes condições de construir conhecimentos e interagir com os outros, pois o desenvolvimento psicológico é favorecido através da convivência e interação com o meio cultural para adquirir valores de respeito, de solidariedade, colaboração, cooperação e liberdade. Para que isso aconteça, as instituições devem considerar os princípios básicos de respeito à criança, considerando suas diferenças dando-lhes os direitos de serem respeitadas, de brincar, socializar-se participando e tendo acesso aos bens socioculturais e dos cuidados essenciais para desenvolver sua identidade.
Segundo o Art. 31, da LDB, a avaliação na educação infantil far-se-a mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
Para Ferreiro (2006) “Ao compreender como a criança aprende o professor pode definir o que ensinar como ensinar e como avaliar”. As ações pedagógicas do professor devem oportunizar as crianças desafios que permitam a elaboração de hipóteses, a construção do conhecimento, da sociedade e do mundo em que a cerca, do universo cultural e diversificado, a exploração do meio físico, social e ambiental, fortalecendo sua auto-estima para construção de sua identidade diante dos problemas, levando em conta a criatividade da criança, seus pontos de vistas, suas responsabilidades, privilegiando as brincadeiras, e o lúdico respeitando suas necessidades e particularidades. O educador deve programar seu planejamento nas propostas pedagógicas, sendo mediador, coordenando atividades desafiadoras que satisfaçam as expectativas das crianças de acordo com seu nível de desenvolvimento. Os conteúdos devem partir do que a criança já sabe ampliando seus conhecimentos e que estes sejam efetivos.
De acordo com os estágios de desenvolvimento correspondente as faixas etárias, Montessori (apud FERRARI, 2003, p. 33) “argumenta que os pequenos conduziriam o próprio aprendizado e ao professor caberia acompanhar o processo e detectar o modo particular de cada um manifestar o seu potencial”. Sendo assim vale ressaltar que o processo do conhecimento e assimilação advém da curiosidade por descobrir o mundo em que vive explorando objetos, manipulando, criando, estabelecendo relações por intermédio de vivências e atividades concretas.

Um comentário:

  1. adorei esse relatorio era tudo que eu estava procurando sobre a autora montessori

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